quinta-feira, 10 de julho de 2014

                          I got my visa!

              

              Depois que a consulesa assinou o meu DS-2019 e disse Parabéns, seu visto foi aprovado! eu tirei um gigante das minhas costas! Uhull!
              E vamos a mais um capítulo da saga..
              Minha entrevista no consulado estava marcada para o dia 24/06 às 11h. Na agência me orientaram a chegar pelo menos uma hora antes do horário marcado. Meu trajeto foi pegar o ônibus até a Central do Brasil depois o metrô. Sai de casa às 06h 30min. Depois que desci na estação Cinelândia, do metrô, segui na direção da Av. Presidente Wilson. As meninas na WorldStudy disseram que de dentro do metrô já tinha plaquinha indicando o caminho pro consulado mas eu só encontrei orientação para a rua.

O endereço do consulado é:
Av. Presidente Wilson, 147 Castelo
Rio de Janeiro/RJ CEP: 20030-020
Entrada pela Rua Santa Luzia

              Segui para a saída da rua certa e virei a direita. O caminho estava certo, mas perguntei a um senhor de uma banca de jornais e revistas e ele me disse pra seguir reto. Já estava traumatizada com o CASV, desejei que não fosse tão longe. E realmente não foi, demorei menos de cinco minutos andando.
              Pela movimentação deu pra perceber que ali era o consulado. Mas o local estava mais vazio do que eu imaginava e pensei que talvez fosse assim por conta do meu horário. Eram 09h 40min mas a fila das 11h já tinha sido chamada. Gelei! Ali na rua ficam umas pessoas com colete azul e laranja(eu acho), eles são do guarda volume. Deixei meu celular e o soro de nariz (hehe) e peguei o comprovante. Não havia fila pra entrar no consulado, parecia que quem fosse chegando, independente do horário podia entrar. A atendente pediu pra ver o passaporte, o DS-2019, tava SEVIS e comprovante de agendamento. Ela registrou o código de barras e me mandou seguir em frente.
              A próxima fila era a do detector de metais, só havia uma moça na minha frente. Deixei minha bolsa e a pasta de documentos na esteira e passei. Sem mistérios.
              Na terceira fila, só tinha a mesma moça do detector na minha frente. Não demorei cinco minutos, a atendente me chamou, olhou o passaporte, taxa SEVIS e DS-2019. Colocou tudo junto com um elástico, me deu o panfleto de direitos nos EUA e me disse pra sentar nos bancos de madeira ao lado.
              Não lembro quantas fileiras de bancos tinham ali, mas eu sentei na terceira fileira. Achei que fosse demorar muito pra chamarem então comecei a ler o panfleto. Logo a atendente foi chamando algumas pessoas pelo nome e devolvendo o passaporte, depois chamou essas pessoas e as encaminhou para a fila da entrevista. Nesse meio tempo fiquei lendo o panfleto e vi um vídeo sobre a entrevista no consulado que estava passando na tv. Fui encaminhada para a fila da entrevista na segunda leva.
              A partir deste momento, mal conseguia respirar direito. Sério! Tem gente que diz pra tentar não prestar atenção nos cônsuls, mas eu tentava ouvir uma parte da conversa e isso me tranquilizou. No guichê 11 tinha um oriental muito simpático, estava conversando em inglês com uma menina e quando ela se enrolou pra responder ele disse assim pra ela: “Você poder falar português ou inglês, o que for melhor pra você” , e aprovou o visto da menina. E o cônsul do lado, guichê 12, aquele tipo alto, branco, loirinho.. bonitinho ahuahuha Super simpático também, ouvi quando ele também aprovou outro visto. Estava torcendo para ir com algum deles, embora não desse pra ver os outros guichês. O guichê 8, que é o que fica logo de cara, chama toda a atenção, estava fechado. Aí chega a consulesa e abre o guichê. Entrevistou uma menina e aprovou o visto dela. Mas a cara dela de “mal” não me convenceu..outra menina da fila foi encaminhada pro guichê dela. Eu estava rezando pra não ir com ela, quando a funcionária que organiza as filas me mandou esperar..sabe onde? Guichê 8!
              Fiquei a uma distância de uns três ou quatro passos da menina entrevistada e estava muito nervosa. Ouvi a menina conversando em português, rindo..disse que queria viajar com o noivo dela, que seria a primeira viagem internacional deles juntos e a consulesa aprovou o visto dela.
              Minha vez, respira fundo e vai. Entreguei os documentos e dei bom dia. Ela me olhou, pegou os documentos, digitou, digitou, digitou e começou EM INGLÊS:

C: consulesa
E: Eu

C: Para onde você vai?
E: Springfield, Nova Jersey.
Digita, digita, digita.
C: Quanto você ajeoeyrfçfdperiodf?
E: Você pode repetir, por favor?
C: Quanto você ganha?
E: Eu só faço faculdade, ainda não trabalho mas..
C: Não! Quanto é o seu salário?
Digita, digita, digita.
E: Nos EUA?
Ela balançou a cabeça e continuou a digitar.
E: (Esqueci os números em inglês, f*!) Posso responder em português?
C: (Agora em português) Você não poder falar português porque lá eles falam inglês. (Tomei distraída!)
E: (Respirei fundo) Ok, $195.
Digita, olha, digita, desliga o microfone e fala com o cônsul do lado. Ri, liga o microfone de novo, pega uma caneta vermelha e faz um rabisco no meu DS-2019, aí pega uma caneta azul e passa por cima da vermelha, carimba. Volta a falar inglês:
C: Coloque os quatro dedos da mão direita no leitor, por favor.
Coloquei os dedos.
C: Por que você escolheu esse programa?
E: Porque é uma grande oportunidade onde vou poder melhorar o meu inglês, isso vai ser muito importante para o meu futuro profissional.
C: Você tem o panfleto com seus direitos. Você leu?
E: Sim.
C: Você leu mesmo? Tem alguma dúvida?
E: Li.
C: (Em português de novo) Esse panfleto explicar seus direitos nos EUA.. e blábláblá não consegui prestar atenção.
Devolveu o DS-2019 assinado.
C: Parabéns, seu visto foi aprovado.
E: Obrigada, tenha um bom dia.

              Sai de lá nas nuvens! Que frase mágica!
              Fui pegar os meus pertences no guarda volume, custou R$ 5,00. Sai do consulado às 10h 20min, ou seja, quarenta minutos antes do horário agendado.
              Já mandei mensagem pra minha mãe, vó e irmãs avisando que o visto tinha sido aprovado, pra elas prepararem a festa.
              Minha vó, maior figura, respondeu: “Vou preparar o lenço!”

              Eu estava tão nervosa, achando que iam me pedir todos os documentos que eu tinha levado e os que eu não tinha levado também..que não me concentrei em convencer a consulesa só com as minhas palavras. No entanto ela não me pediu pra ver NADA! Nenhum documento! Eu construí uma Hidra de Lerna na minha cabeça! Sabe aquela personagem que tem nove cabeças de serpente e corpo de dragão, que se você corta uma das cabeças, nascem duas no lugar? Então.

              Deixei o nervosismo me dominar. A entrevista dura tão pouco, é tão rápido, que só depois que passa a gente vê que não precisava temer tudo aquilo. Mais um aprendizado pra mim.

              Por isso, você que ainda vai passar por esse processo, não faça como eu.


Keep Calm and believe 'cause o visto já é seu!


sexta-feira, 4 de julho de 2014

                             Ida ao CASV

             

              Pois é, pois é, pois é... estou atrasada, pra variar!
              Mas desta vez tenho um motivo plausível, estou sem telefone e internet desde o último post no blog. E a tendência é piorar, senhoras e senhores. Nesta semana meus vizinhos começaram a ficar sem internet também. Que maGavilha! A Oi, patrocinadora oficial da Copa do Mundo FIFA Brasil 2014, está de parabéns! E a Copa não é desculpa pois esse é um problema recorrente e que já prejudicou a mim e a outras pessoas várias vezes. Enfim. Que fique registrado o meu enorme contentamento e a alegria por essa conceituada empresa.
              Com toda essa confusão não pude atualizar o blog, responder e enviar e-mails importantes e outras coisas mais. Estou usando a internet da minha avó, mas a qualquer momento posso ficar a ver navios. Oi, já disse que te amo hoje?


              Mas, vamos ao assunto do post de hoje: a ida ao CASV.
           Como moro em Duque de Caxias, o local mais perto pra mim é na cidade do Rio de Janeiro.

 O endereço é o seguinte:
Edifício Lagoa Corporate – Rua Humaitá, 275 Loja A
Bairro: Humaitá – Rio de Janeiro/ RJ 22261-001
(em frente ao bicicletário do Itaú)


              Na World Study me aconselharam a pegar o metrô e descer na estação de Botafogo. E foi o que fiz. Estava agendada para o dia 20/06 às 11h 40min. Não lembro que horas sai de casa, mas foi bem cedo até porque o trânsito está bem complicado e com os jogos da Copa no Maracanã fica ainda mais difícil se locomover. Peguei o ônibus até a estação de trem de Duque de Caxias e segui de trem até a estação Central do Brasil, lá peguei o metrô até Botafogo. Na saída do metrô, segui em direção a saída para a rua São Clemente e perguntei a um guarda municipal como fazia pra chegar ao CASV e ele me informou que a rua Humaitá é no final da São Clemente, logo eu teria que andar um pouquinho. Sem problemas, ainda estava cedo e na agência as meninas me disseram pra chegar com 10 minutos de antecedência. Como eu ainda tinha umas 2h pra chegar até o CASV, estava bem tranquila. A caminhada é bem gostosa, mas depois de 20min comecei a me preocupar porque ainda estava na São Clemente. Aí decidi parar e perguntar ao porteiro de um prédio e ele me informou que eu estava no começo da Humaitá e que o número 275 era bem mais pra frente. Oh God, lá fui eu..
              Realmente não é difícil encontrar o local, mas eu andei quarenta minutos até chegar lá e nisso já eram 10h 20min! Tinha bastante gente do lado de fora esperando e assim que eu cheguei chamaram o pessoal das 11h 20min. Sentei do lado de fora com uma galera esperando o mesmo horário que eu e vinte minutos depois chamaram meu horário. Ou seja, entrei na fila do CASV às 10h 40min!
              Quando forma-se a fila do lado de fora, dois rapazes de camisa vermelha pedem que a gente separe e deixe em mãos o passaporte, o DS-160 e a confirmação do agendamento. (Que eu me lembre é isso) Mas por precaução eu levei comigo a taxa SEVIS e o DS-2019. Eles verificam tudo, avisam que o celular deve estar desligado e te falam pra seguir em frente.
              A próxima fila é a do detector de metais. O segurança pergunta se você tem celular, se ele está ligado ou desligado e se tem mais algum eletrônico. Nessa hora o seu celular já deve estar desligado, então ele passa o detector por você e te diz pra seguir para outra fila.

* Dica: Eu estava apertada para ir ao banheiro e imaginei que no final daria tempo de ir mas eu só vi uma entrada para o banheiro, que é na fila do detector de metais. Por isso, não faça como eu, pergunte se pode usar o banheiro ao segurança antes de passar no detector e vá na fé!

              A próxima fila, que é tipo de um balcão de triagem, foi a que mais demorou. Sabe aquelas filas de banco que dão várias voltas e demoram? É igualzinho! Eu estava na sétima fila e devo ter demorado mais ou menos quarenta minutos só nessa parte. Quando chegou a minha vez, a atendente pegou meus documentos, verificou o código de barras e me perguntou se meu visto é de estudante mas eu disse que era de Au Pair e ela pareceu não saber do que se tratava, aí ela perguntou se era J1 e eu disse que sim. Depois ela me mandou seguir para outra fila.
              A quarta fila (e última!) é onde colhem as nossas digitais e tiram a foto. Demorei uns cinco minutos nessa fila. Quando chegou a minha vez, dei bom dia e entreguei os documentos para a atendente. Eu estava com um par de brincos pequeno mas ela só pediu que eu tirasse o óculos e colocasse o cabelo pra trás, deixando as orelhas visíveis. Pronto, tirou a foto. Depois pediu que colocasse no leitor das digitais os quatro dedos da mão direita, depois os outros quatro da esquerda e por último os dois polegares juntos. Colocou uma etiqueta atrás do meu passaporte, escreveu na etiqueta e me devolveu. Desejou boa sorte, eu agradeci e fim da saga CASV.

              Sai de lá às 11h 30min, ou seja, dez minutos antes do horário marcado.
              Demorei 1h e 10min lá dentro.

              Na volta pra casa fiz o mesmo trajeto da ida, caminhei mais quarenta minutos, peguei o metrô de Botafogo até a Central e depois peguei um ônibus que segue direto pra minha casa.
              Eu não sei porque, mas estava nervosa desde a ida ao CASV. E não tem motivo pra isso, é bem mais tranquilo do que eu imaginava. Na agência me disseram que os funcionários de lá são terceirizados e que não há motivo pra nervosismo. Mas né.. rs


O próximo post é sobre o temido consulado.


Boa sorte pra nós!